1 000 055.º Aniversário da Arte
17 de janeiro de 1974
Celebração do 1 000 011.º Aniversário da Arte
Era uma vez, um mundo sem arte. E depois, a arte nasceu. Robert Filliou, artista francês associado ao grupo Fluxus, propôs, num poema escrito em 1963, que se considerasse que a arte nascera um milhão de anos antes, a 17 de janeiro. E desafiou a que esse dia fosse feriado e que nele se celebrasse a presença da arte nas nossas vidas, sendo suficiente fazê-lo com um «largar uma esponja num balde de água». Em 1974, Ernesto de Sousa recupera esta ideia e promove a celebração da data no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Seria o 1 000 011.º Aniversário da Arte. Participaram na festa Alberto Carneiro, Albuquerque Mendes, Alfredo Pinheiro Marques, Armando Azevedo, João Dixo, Jorge Peixinho, Ernesto de Sousa, Isabel Alves, Teresa Loff, Túlia Saldanha, entre outros.
O CAPC volta a comemorar esta data. Em 2018, são os 1 000 055 anos da Arte, com um programa que reúne momentos da sua história de 60 anos ao finalizar a sua iniciativa mais recente, o Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. Apresentação de performances, lançamento de edições e muita festa vão fazer parte de um dia de celebração da arte por vários espaços da cidade.
17 de janeiro de 2018
Celebração do 1 000 055.º Aniversário da Arte
O Círculo de Artes Plásticas da Universidade de Coimbra (CAPC) vai promover um conjunto de iniciativas no próximo dia 17 de janeiro, quarta-feira, relacionadas com a sua atividade mais recente, a Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, e com a continuação da comemoração da data designada como Aniversário da Arte — que, desde 1974, assinala com «uma FESTA, sem arte (convencional), mas que seja ela própria uma verdadeira afirmação de identidade possível e necessária entre a Arte e a Vida». O programa começa às 16h30 e prolonga-se até ao fim da noite. A participação é livre.
Lançamento do Catálogo Anozero’17
A 2.ª edição do Anozero, que decorreu entre 11 de novembro e 30 de dezembro, deu origem a um livro no qual se regista todo o espaço expositivo da bienal, bem como as imagens das várias peças criadas propositadamente para esses locais, ou selecionadas a partir de obras preexistentes, e notas biográficas de todos os artistas participantes. Trata-se de uma edição que serve enquanto memória de uma iniciativa que foi indicada como uma das grandes exposições de 2017, e que compromete todos os organizadores a prossegui-la, tendo sido avaliada na cerimónia de abertura, pelo Ministro da Cultura, como «indispensável para o tecido artístico e cultural» do País.
Performance de Gustavo Sumpta
Inicialmente prevista para dezembro, a performance Levantar o Mundo, de Gustavo Sumpta, vai decorrer na Igreja do Convento São Francisco a partir das 19 horas. Trata-se de uma ação que envolve elementos de massa, volume e peso fortemente contrastantes, encenando situações de equilíbrio paradoxais e presentificando, mais uma vez, os contrastes e tensões que constituem a sua forma de ver o mundo. A entrada é livre.
Durante esta performance, será lançado o catálogo da bienal, uma edição da Imprensa da Universidade de Coimbra, com textos dos promotores da iniciativa (Manuel Machado — CMC, João Gabriel Silva — UC e Carlos Antunes — CAPC), dos curadores (Delfim Sardo e Luiza Teixeira de Freitas) e ensaios de Jacinto Lageira, João Maria André, Sara Chiara e Vasco Santos. As fotografias são de Jorge das Neves e Vitor Garcia, o design gráfico de Joana Monteiro.
Lançamento de Pentimento, de Pedro Vaz
Também no âmbito do Anozero, e ainda antes deste lançamento, uma outra obra, ligada às duas edições da bienal, será lançada pelas 16h30, nas instalações do CAPC Sereia. Trata-se de Pentimento, de Pedro Vaz, que deu nome à instalação com que este artista participou na primeira edição da bienal e que agora, numa publicação, reflete e regista a forma como evoluiu a obra. A publicação conta com textos de Carla Alexandra Gonçalves, Elisabete Marques, Isabella Lenzi, João Queiroz, João Silvério, Lourenço Egreja, Maribel Mendes Sobreira, Paula Januário, Pedro Vaz e Sérgio Fazenda Rodrigues. As fotografias de Pentimento são de Jorge das Neves e Pedro Vaz, o design gráfico é de João Bicker.
Aniversário da Arte
Mais tarde, a partir das 22 horas, decorrerá a festa do Aniversário da Arte, para a qual nesta edição — a 1 000 055.ª — tem um programa desenhado por Jorge das Neves, no qual participam Andresa Soares, Bruno Humberto, Filipa Brito, João Ferro Martins, Gonçalo Alegria e Vítor Reis. A entrada é livre.
Círculo Sede, quarta 17 janeiro pelas 22 h
Música | Performance | Jogos
com a participação de
Andresa Soares
Bruno Humberto
Filipa Brito
João Ferro Martins & Gonçalo Alegria
Vítor Reis
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O Programa
Study for 100 What(s) | João Ferro Martins com Gonçalo Alegria
Study for 100 What(s) é a primeira fase do projeto 100 What(s), apresentando-se aqui como uma ação sonora que se define pela justaposição de uma camada de texto pré-gravado sobre uma camada de música improvisada ao vivo.
A substância narrativa do trabalho é ampla, mas determinada pela lógica do questionamento.
A atmosfera para esta apresentação específica é caracterizada por sonoridades sintetizadas, samples e efeitos.
Autoria: João Ferro Martins
Interpretação sonora: João Ferro Martins e Gonçalo Alegria
Voz pré-gravada: Isobel Atacus
Duração: 40 min
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Combustão | Andresa Soares
Combustão é um processo de queima de ideias através de uma corrida em velocidade na qual se percorrerá, em 15 min, 8,3 km de pensamento. O fim desta corrida é perfeitamente igual ao seu começo — a fuga. A constante derrapagem que a caracteriza acontecerá na área de 0,20 m2 e não haverá qualquer direito de argumentação.
Conceção, texto e performance: Andresa Soares
Música: Bruno Humberto
Duração: 15 min
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O Relato | Bruno Humberto
Na cabina, os comentadores estão preparados para o início do grande jogo. O relato dos acontecimentos estará a seu cargo, mais uma vez. O público, através das vozes dos comentadores, imagina o que dentro do campo somente uma voz pode descrever.
No escuro, sabemos, não existem imagens repetidas. E o jogo tende sempre para o fim (agora, finta-se o real; depois, comete-se falta dura, no mínimo para amarelo, sobre o absurdo).
O Relato é uma performance e peça sonora, onde alguns elementos do público se tornam comentadores de um jogo.
Autoria e interpretação: Bruno Humberto
Duração: 25 min
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Atirar o Barro à Parede
peça interativa protagonizada pela «Cerâmica – Vitor Reis»
Vitor Reis é um artista plástico das Caldas da Rainha, é descendente de oleiros tradicionais e tem dedicado os últimos anos do seu trabalho à cerâmica.
A peça que apresenta desafia o espectador a «atirar o barro à parede» e a candidatar-se, deste modo, a uma peça em cerâmica da sua autoria.
Esta «performance» permite um contacto divertido com o autor e o seu trabalho.
www.ceramicavitorreis.com