Para uma aproximação à arte: Entre o presente, o passado e o presente.
Para uma aproximação à arte: Entre o presente, o passado e o presente.
Orientação: Magda Henriques
Esta atividade pretende fazer uma aproximação à arte, em particular àquela do nosso tempo. Mas porque escrevemos sempre sobre o que os outros já escreveram, descobrir a arte contemporânea é, simultaneamente, aceder à arte de muitos tempos.
Partimos, para viajar entre o presente, o passado e o presente, de duas exposições que fizeram parte da Anozero: Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra e que permanecem durante o mês de Janeiro – a exposição Família, no Museu Nacional de Machado de Castro, do escultor Rui Chafes e do realizador Pedro Costa, com Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, e a obra de Pedro Cabrita Reis, A casa de Coimbra, na Sala da Cidade.
Tomaremos ainda como referência o trabalho de Pedro Vaz, Pentimento, em construção ao longo do ano, no Museu Botânico.
9 de Janeiro das 15h às 18h, no Museu Nacional de Machado de Castro.
Maiores de 15 anos, entrada 5€.
As inscrições devem ser feitas até dia 4 de Janeiro para capc.geral@gmail.com
A inscrição só será considerada após transferência bancária para o nib: 0035 0468 00019235530 61 (CAPC)
Programa Trimestral | Jan. Fer. Mar
Janeiro é o mês do aniversário da arte e o CAPC vai comemorar!
O projeto educativo do CAPC começa agora a definir-se e no trimestre de Janeiro a Março lançamos, ainda à boleia da bienal, alguns dados.
Em Janeiro viajamos até à primeira celebração do aniversário da arte no CAPC, em 1974, promovida por Ernesto De Sousa, a partir de uma proposta do seu amigo Robert Filliou, com a colaboração de muitos artistas.
O projeto educativo quer estender a celebração da arte aos artistas e aos professores. Aqui roubamos aos artistas, aos pensadores… roubamos o que nos alimenta, o que nos anima, que nos dá alma, o que nos fortalece! Clarice Lispector diz que “roubar torna tudo mais valioso”. Roubamos ao Rui Chafes a ideia de que os artistas transportam a chama que vem de há muito e que nascemos a partir do momento em que as coisas que amamos existem. Roubamos ao George Steiner a ideia de que os professores são como os carteiros que entregam as cartas dos grandes criadores. O ato de escolher as cartas a entregar, a quem e quando, não é neutro, pressupõe uma dimensão ideológica e uma atitude política. A receção das cartas também não é passiva. Aqui deseja-se que as cartas entregues possam ajudar a procurar outras e que sirvam de instrumento para que cada um pense por si, descubra e escreva outras cartas.
Roubamos à Hannah Arendt quando nos diz que “(…) cada nova geração, na verdade, cada novo ser humano, na medida em que se insere entre um passado infinito e um infinito futuro, deve descobrir e pavimentar de novo, com grande esforço, esse mesmo caminho.” Queremos fazer por e, sobretudo, fazer o que fazemos com. Assim celebramos, celebramos com alegria mas sem distrações, de modo a que a alegria nos fortaleça para que possamos enfrentar tantas adversidades deste nosso mundo e agir!