OFICINA | Recolocar o Olhar
Recolocar o olhar | Jorge Neves
Esta oficina tem como objetivo discutir o uso das imagens nas práticas artísticas contemporâneas, iniciando uma relação pensada em articulação com a história da arte e explorando as conexões entre a arte e as tecnologias de produção de imagens. Assim através da construção criativa de máquinas de desenho, do seu uso bem como da exploração de materiais variados, desloca-se a problemática do processo criativo da habilidade manual para o olhar sobre o objeto em que o ato de escolher é suficiente para fundar a operação artística.
Deste modo inserem-se as máquinas de desenho como um novo objeto num novo enredo, como um personagem numa narrativa.
6 de Fevereiro das 15h às 17h,
13 e 20 de Fevereiro das 15h às 18h.
No Círculo Sede. Maiores de 15 anos, entrada 25€ (12€ para estudantes)
As inscrições devem ser feitas até dia 1 de Fevereiro para capc.geral@gmail.com
A inscrição só será considerada após transferência bancária para o nib: 0035 0468 00019235530 61 (CAPC)
Esta Oficina foi CANCELADA por não haver inscrições suficientes.
Janeiro é o mês do aniversário da arte e o CAPC vai comemorar!
O projeto educativo do CAPC começa agora a definir-se e no trimestre de Janeiro a Março lançamos, ainda à boleia da bienal, alguns dados.
Em Janeiro viajamos até à primeira celebração do aniversário da arte no CAPC, em 1974, promovida por Ernesto De Sousa, a partir de uma proposta do seu amigo Robert Filliou, com a colaboração de muitos artistas.
O projeto educativo quer estender a celebração da arte aos artistas e aos professores. Aqui roubamos aos artistas, aos pensadores… roubamos o que nos alimenta, o que nos anima, que nos dá alma, o que nos fortalece! Clarice Lispector diz que “roubar torna tudo mais valioso”. Roubamos ao Rui Chafes a ideia de que os artistas transportam a chama que vem de há muito e que nascemos a partir do momento em que as coisas que amamos existem. Roubamos ao George Steiner a ideia de que os professores são como os carteiros que entregam as cartas dos grandes criadores. O ato de escolher as cartas a entregar, a quem e quando, não é neutro, pressupõe uma dimensão ideológica e uma atitude política. A receção das cartas também não é passiva. Aqui deseja-se que as cartas entregues possam ajudar a procurar outras e que sirvam de instrumento para que cada um pense por si, descubra e escreva outras cartas.
Roubamos à Hannah Arendt quando nos diz que “(…) cada nova geração, na verdade, cada novo ser humano, na medida em que se insere entre um passado infinito e um infinito futuro, deve descobrir e pavimentar de novo, com grande esforço, esse mesmo caminho.” Queremos fazer por e, sobretudo, fazer o que fazemos com. Assim celebramos, celebramos com alegria mas sem distrações, de modo a que a alegria nos fortaleça para que possamos enfrentar tantas adversidades deste nosso mundo e agir!