Corpos
Corpos
Ana Léon
«O corpo diz o que as palavras não podem dizer.»
Martha Graham, dançarina e coreógrafa
São seis filmes repartidos nas quatro salas. Cada filme é apresentado individualmente em projeção/instalação-vídeo com um ou vários ecrãs simultâneos.
Os filmes que mostro são alguns dos mais recentes e fazem parte de uma longa série que tenho vindo a desenvolver desde 1995. São concebidos em película super 8 (mudo), fotografando imagem por imagem — segundo o princípio do filme de animação, utilizando bonecos articulados — e em seguida digitalizados e sonorizados.
Nestes filmes, as «personagens», exprimindo-se através dos seus corpos, evoluem com movimentos repetitivos, como coreografias, em gestos mais rápidos, mais lentos ou «sacudidos», intensificados por valores rítmicos do som.

Ana Léon nasceu em 1957 em Lisboa. Vive e trabalha em Paris.
É licenciada em Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e maitriseem Estética pela Université de Paris I, Sorbonne, em Paris. Foi bolseira do Governo francês em Paris, entre 1982 e 1984, e da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, em 1986 e 1987.
O seu trabalho tem-se desenvolvido através de vários suportes, nomeadamente o desenho e o filme, dois caminhos autónomos. Tem exposto desde 1982, individual e coletivamente.
Das exposições individuais destacam-se, de entre outras: Azulvermelho(com P. Calapez), Galeria Diferença (1982); instalação na Ménagerie de Verre em Paris (1992); Desenhos, no CAM, Lisboa (1993);Metamorfoses, no Museu de História Natural de Lisboa (1994); Desenhos e Filmes, no Centro Cultural Gulbenkian em Paris (2003); 7 filmes no Museu do Cinema, Lisboa (2005); o filme Strip-Teaseno Théâtre du Rond-Point, Paris (2007). Das exposições coletivas destacam-se: Arteder 82, Bilbau (1982); Instalação, na Galeria Metrópole, Lisboa (1983); Arquipélagona SNBA, Lisboa (1985); Lisbonne Aujourd’hui, no Museu de Toulon (1987); Jeunes Artistes Européensno Museu de Roubaix (1988); Salão de Montrouge, Montrouge (1994); Sala dos Espelhos no New Center for Contemporary Art, Moscovo (2006); 20 anos da Sala do Veado no Museu de História Natural, Lisboa (2011); filmes no Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa (2013); Variations Portugaises, Centre d’Art Contemporain de Meymac (2017); Lusoscopie, Galerie A. Roquette, Paris (2017); A Metade do Céu, Fundação Arpad Szenes–Vieira Da Silva, Lisboa (2019).
Está representada em coleções públicas e particulares tais como o Centro de Arte Moderna na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa; na Caixa Geral de Depósitos, em Paris, no Museu da Cidade, em Lisboa, e no Museu de Serralves, Porto.